A luta de uma família contra as drogas
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Publicado em 24/08/2023

 

A luta de uma família contra as drogas.  

Na tentativa de evitar que seu neto continue usando k9 uma vó acorrenta seu neto pelo pé par que ele não saia pra rua fazer uso de droga.

Seu neto hoje aos 20 anos e dependente químico desde os 14, hoje viciado em k9 foi internado pelo tio onde ficou por um ano em uma casa de recuperação na ilha do Bororé.

Na primeira semana após sair da clinica voltou a fazer uso da k9.

No último grito por socorro sua vo o acorrentou em seu Cuarto porem infelizmente sem sucesso pois ele serrou a corrente e fugiu.

Essa é apenas um pequeno trecho de uma das milhares de histórias como essa na grande São Paulo.

Esses são os efeitos que as drogas causam nas famílias.     

 

 

Entenda um pouco mais sobre essas drogas.

 

K2, K4, K9: drogas sintéticas saem das sombras, tomam as ruas de São Paulo, e governos resolvem falar: 'Pessoas estão sumindo'

Secretaria da Saúde informou que, até o momento, em 2023, foi registrado o dobro de notificações de casos suspeitos de intoxicação por canabinoides sintéticos, o nome técnico das drogas K, do que todo o ano de 2022. Prefeitura soltou nota técnica sobre como tratar crianças e adolescentes que usam a droga e governo de SP diz os efeitos da droga podem ser piores do que os do crack.

Crianças dormem profundamente nos arredores de uma estação de trem. No chão, dezenas de pipetas vazias. Uma das crianças acorda de súbito, agitada. Parece que não sabe o que aconteceu. Lambe o fundo de uma pipeta no chão. Sai e volta com uma nova dose. Na mesma posição que inala a droga da pipeta, apaga e fica. Ali, numa estação de trem na Zona Leste, chamam de K9. A presença das drogas K - conhecidas como K2, K4, K9 e spice - não é mais uma cena restrita ao Centro de São Paulo.

As chamadas drogas K surgiram em laboratórios no início dos anos 2000, têm como base os canabinoides sintéticos, mas o termo maconha sintética é errado. A explicação é complexa, mas em suma quer dizer que o canabinoide feito em laboratório se liga ao mesmo receptor do cérebro que a maconha comum, mas em uma potência até 100 vezes maior. O governo de São Paulo diz que os efeitos da droga podem ser piores do que o crack.

 

“É absolutamente estarrecedor. A realidade é que uma tempestade de drogas sintéticas se aproxima”, descreve o promotor Tiago Dutra Fonseca que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de SP.

O promotor mergulha em estudos e obras sobre o tema. Destaca uma, ainda sem tradução: "La fiesta se acabó: Por qué siempre perderemos la guerra contra las drogas sintéticas". E usa argumentos que corroboram as poucas estatísticas que existem sobre o tema. O promotor teme que em pouco tempo o sistema público de saúde seja sobrecarregado por vítimas e dependentes de drogas sintéticas.

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informou que, até o momento, em 2023, foram registradas 216 notificações de casos suspeitos de intoxicação exógena por canabinoides sintéticos, o nome técnico das drogas K, mais do que o dobro registrado em 2022 _ 98 notificações. Os números de notificações são tanto da rede pública, quanto da rede privada.

Diante desse aumento expressivo, a Secretaria publicou no Diário Oficial (DO), na semana passada, uma nota técnica para assistência a crianças e adolescentes por intoxicações por canabinoides sintéticos.

A Secretaria destacou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI-SP), instalado no Hospital Municipal (HM) Arthur Ribeiro de Saboya, para atender os usuários de drogas K. O CCI dispõe de um serviço à população e profissionais da saúde que fornece informações toxicológicas para o diagnóstico, tratamento e prognóstico de intoxicações, sobre a toxicidade de produtos químicos e a prevenção dos agravos à saúde causados por substâncias químicas.

Uma das dificuldades enfrentadas atualmente é a falta de dados sobre vítimas de drogas K. Os que circulam sem fontes oficiais não devem ser considerados e mesmo os oficiais ainda são imprecisos. Também não há um método que identifica a causa mortis de alguém pelo uso dessas drogas. A Polícia Científica está ciente e disse que vem desenvolvendo novos métodos que acompanhem a nova realidade.

 

 

 

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